6. Sthaell Ramos, sócia-diretora da People on Time Consultoria
“Apesar de não ser uma
modalidade nova, ainda existe essa ideia de que é algo novo e existe sim algum
tipo de preconceito”, diz Sthaell Ramos, da People on Time.
Para ela, a receptividade deve
aumentar a partir do momento em que se começar a entender os ganhos adquiridos
com educação a distância.
“O preconceito vem da falta de
conhecimento e de adaptação à mudança, acho que vai ganhar um peso maior, já
que estamos na era da tecnologia”, diz a especialista.
Para ela não há necessidade de
especificar no currículo se o curso é online ou presencial. “Acredito que o
aprendizado está relacionado ao envolvimento da pessoa com o curso. Mas é uma
informação que pode ser checada e não se deve mentir”, diz.
O nome da instituição pesa,
lembra Sthaell. “Em qualquer situação”, diz. Mas não é tudo.O conhecimento, a
experiência, projetos dos quais o profissional participou é que vão chamar a
atenção do recrutador, de acordo com ela.
7 Juliana Alves,
gerente da área de expertise Hays Recursos Humanos
“A chave é optar por uma
instituição de confiança que chancele o curso porque a receptividade do mercado
está ligada à seleção da instituição”, diz Juliana Alves, da Hays. Isso porque,
na opinião dela, as escolas mais reconhecidas não se arriscariam a oferecer
cursos online que deixassem a desejar na qualidade em relação aos cursos
presenciais.
Ela recomenda que a graduação
seja presencial por conta do contato com o ambiente universitário, mas não faz
nenhuma restrição em relação a outros cursos como de extensão e pós-graduação,
por exemplo.
Ela acha necessário que o
profissional deixe claro no currículo se a modalidade é presencial ou online.
“Mais pela questão da metodologia, não que seja nenhum demérito”, explica.
Ela diz que não faz distinção na
hora de investigar a validade de um curso online ou presencial na trajetória
profissional de um candidato. “Quero saber se ele concluiu, sem cumpriu as
horas, o que aprendeu”
8.Joseph Teperman,
headhunter e sócio da FLOW Executive Finders
“O ensino a distância é uma
belíssima solução para quem está fora dos grandes centros”, diz Joseph Teperman
da Flow Executive Finders. No entanto, ele confirma que a modalidade é vista
com ressalvas no mercado.
“Como tudo que é muito novo, os
cursos online ainda são vistos com reserva pelo mercado de trabalho”, diz. Por
isso, os “pioneiros” (ou seja quem optou por esta modalidade) terão um pouco de
dificuldade em serem bem aceitos, segundo ele.
No entanto, a sua visão é a de
que importa mais o que a pessoa aprende do que a forma como ela faz isso, se em
casa ou na presença de colegas e professores. “Em relação a um curso de
línguas, por exemplo, não importa se a pessoa estudou em Londres ou em casa, o
que vale é que ela saiba falar inglês”, diz, ressaltando que esse raciocínio
deveria valer para todos os casos. “O que importa são os resultados atingidos a
partir daquele conteúdo."
Para ele, o futuro é que todas
as instituições mesclem a transmissão de conteúdo entre online e presencial.
“Eu acabei de voltar de um curso em Harvard e o conteúdo inicial, com os cases
que seriam discutidos foi transmitido online, para que todos chegassem à sala
já preparados para a discussão”, diz.
9. Rodrigo Vianna, diretor executivo da Talenses
“Ainda existe desconfiança do
mercado, mas, por conta do investimento que está sendo feito pelas grandes
instituições, isso vai mudar”, diz Rodrigo Vianna, diretor executivo da
Talenses.
O headhunter lembra que a falta
de infraestrutura ainda impede que o ensino a distância seja uma realidade para
todas as classes sociais. Por isso ele classifica que a educação a distância,
principalmente no que diz respeito a graduação, segue em processo de
amadurecimento no Brasil.
Em relação aos cursos mais
rápidos, temporários, de extensão, a aceitação do mercado é maior para a
modalidade online, diz. “É um algo a mais no currículo e o fato de ser online
não interfere”, diz.
Para ele, o resultado que o
profissional vai atingir está muito mais relacionado à qualidade do curso e ao
seu engajamento do que na questão da modalidade (online ou presencial).
O cuidado, diz, fica por conta
da certificação, sobretudo em relação a graduação e pós-graduação. “Importante
que seja um curso credenciado e certificado pelo MEC”, ressalta.
Boa sorte !
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