3. Jacqueline Resch,
sócia-diretora da Resch Recursos Humanos
“Os cursos
online ainda não são tão valorizados pelo mercado, mas creio que isto é fruto
de desconhecimento, preconceito e certa resistência frente ao novo”, diz
Jacqueline Resch. Para ela, a tendência é que esta modalidade seja assimilada
pelo mercado já que a oferta tem crescido a cada dia.
“Eu jamais discriminaria um candidato
por ter usado a tecnologia para ampliar seus conhecimentos e suas habilidades.
Seria um total absurdo na era digital”, afirma Jacqueline. Avaliar a
importância que o curso teve para o aprendizado é o ponto chave. “Caso tenha
relevância, deve registrá-lo no currículo”, diz.
“Não vejo motivo para omitir que
é online, a não ser que ele tema ser alvo de preconceito. De qualquer forma,
declarar que o curso é online ajuda a desfazer esta ideia equivocada que um
curso online tem menos valor que o presencial”, explica , lembrando que o nome
da instituição conta.
“Certamente recomendaria um
candidato que tenha um MBA online, por exemplo. Porém eu o recomendaria por sua
experiência, realizações, conhecimentos e características que o tornam uma
excelente opção para a posição e não por ter um MBA presencial ou online”, diz.
4. Peter Noronha,
responsável pelo escritório da Asap no Espírito Santo
“A ampliação da oferta de cursos
online é muito mais uma estratégia comercial do que uma tendência propriamente
dita”, pondera Peter Noronha, da Asap.
Para ele, é possível perceber a
diferença na preparação de um aluno com graduação presencial e outro com
formação online. "Na graduação presencial o nível de comprometimento é
maior, a troca é maior e ainda existe aquele ranço de que a qualidade do online
não é a mesma”, explica.
Em relação aos cursos de
especialização, as referências da instituição fazer diferença. “Mas entre dois
candidatos, um com MBA presencial e outro com online, o primeiro ainda sai na
frente”, ressalta.
Ele defende que para algumas
funções, principalmente na área financeira e contábil, cursos, que ele
classifica como de aplicação, valem a pena na modalidade online. “Aí toma uma
proporção maior. Quanto mais especialista a função, maior a tendência de um curso
online de extensão ter valor”, diz.
Seguindo a mesmo raciocínio que
os outros entrevistados, Noronha destaca que, no limite, transformar
conhecimento em competência que gere resultado é o que faz a diferença para o
mercado. “E na hora de escolher pegue um curso validado por uma instituição que
tenha credencial no mercado”, diz ele, lembrando que a escolha deve sempre
estar atrelada ao plano de carreira.
5 Jorge Martins,
headhunter da Robert Half
“A gente não faz distinção se um
curso é presencial ou online”, diz Jorge Martins, da Robert Half. Também para
ele o que vale é a identificação com o curso e o aprendizado conquistado.
“Agora, profissional deve saber que por ser a distância o curso demanda
dedicação maior”, ressalta.
Na opinião dele o conteúdo é o
mesmo o que muda é a interação. Por isso os cursos que reúnem alunos em datas
determinadas são os mais indicados pois permitem que haja mais trocas.
“Em relação às especializações,
minha visão é que 70% do conteúdo vem das trocas entre os profissionais, e por
mais que existam fóruns e salas de bate papo, na modalidade online essa
interação é menor”, pondera.
Diferentemente de outros
headhunters, Martins não recomenda que se faça distinção no currículo sobre o
curso ter sido online ou presencial.
“Não considero pertinente e
também sou avesso à análise da instituição pelo nome. Valorizo mais o
profissional do que o lugar onde ele se formou”, diz. Se o para efeitos de
carimbo no currículo o nome faça diferença, no fim das contas, diz ele, o mais
importante é o quanto se aplica de resultado.
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