13/07/2013

Como o mercado enxerga os cursos online?

   3. Jacqueline Resch, sócia-diretora da Resch Recursos Humanos

“Os cursos online ainda não são tão valorizados pelo mercado, mas creio que isto é fruto de desconhecimento, preconceito e certa resistência frente ao novo”, diz Jacqueline Resch. Para ela, a tendência é que esta modalidade seja assimilada pelo mercado já que a oferta tem crescido a cada dia.

“Eu jamais discriminaria um candidato por ter usado a tecnologia para ampliar seus conhecimentos e suas habilidades. Seria um total absurdo na era digital”, afirma Jacqueline. Avaliar a importância que o curso teve para o aprendizado é o ponto chave. “Caso tenha relevância, deve registrá-lo no currículo”, diz. 
“Não vejo motivo para omitir que é online, a não ser que ele tema ser alvo de preconceito. De qualquer forma, declarar que o curso é online ajuda a desfazer esta ideia equivocada que um curso online tem menos valor que o presencial”, explica , lembrando que o nome da instituição conta.
“Certamente recomendaria um candidato que tenha um MBA online, por exemplo. Porém eu o recomendaria por sua experiência, realizações, conhecimentos e características que o tornam uma excelente opção para a posição e não por ter um MBA presencial ou online”, diz.

4. Peter Noronha, responsável pelo escritório da Asap no Espírito Santo
“A ampliação da oferta de cursos online é muito mais uma estratégia comercial do que uma tendência propriamente dita”, pondera Peter Noronha, da Asap.
Para ele, é possível perceber a diferença na preparação de um aluno com graduação presencial e outro com formação online. "Na graduação presencial o nível de comprometimento é maior, a troca é maior e ainda existe aquele ranço de que a qualidade do online não é a mesma”, explica.
Em relação aos cursos de especialização, as referências da instituição fazer diferença. “Mas entre dois candidatos, um com MBA presencial e outro com online, o primeiro ainda sai na frente”, ressalta.
Ele defende que para algumas funções, principalmente na área financeira e contábil, cursos, que ele classifica como de aplicação, valem a pena na modalidade online. “Aí toma uma proporção maior. Quanto mais especialista a função, maior a tendência de um curso online de extensão ter valor”, diz.
Seguindo a mesmo raciocínio que os outros entrevistados, Noronha destaca que, no limite, transformar conhecimento em competência que gere resultado é o que faz a diferença para o mercado. “E na hora de escolher pegue um curso validado por uma instituição que tenha credencial no mercado”, diz ele, lembrando que a escolha deve sempre estar atrelada ao plano de carreira.

5 Jorge Martins, headhunter da Robert Half
“A gente não faz distinção se um curso é presencial ou online”, diz Jorge Martins, da Robert Half. Também para ele o que vale é a identificação com o curso e o aprendizado conquistado. “Agora, profissional deve saber que por ser a distância o curso demanda dedicação maior”, ressalta.
Na opinião dele o conteúdo é o mesmo o que muda é a interação. Por isso os cursos que reúnem alunos em datas determinadas são os mais indicados pois permitem que haja mais trocas.
“Em relação às especializações, minha visão é que 70% do conteúdo vem das trocas entre os profissionais, e por mais que existam fóruns e salas de bate papo, na modalidade online essa interação é menor”, pondera.
Diferentemente de outros headhunters, Martins não recomenda que se faça distinção no currículo sobre o curso ter sido online ou presencial. 
“Não considero pertinente e também sou avesso à análise da instituição pelo nome. Valorizo mais o profissional do que o lugar onde ele se formou”, diz. Se o para efeitos de carimbo no currículo o nome faça diferença, no fim das contas, diz ele, o mais importante é o quanto se aplica de resultado.

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