Na matriz da análise SWOT, acima, são colocados os fatores internos da empresa, divididos em Forças (Strenghts) e Fraquezas (Weaknesses). Abaixo, os fatores externos, divididos em Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats)
Detectar ameaças e oportunidades nem sempre é tarefa fácil para quem está no comando de uma empresa. A análise SWOT, também conhecida em português como análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças; em inglês Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats) pode ajudar. Considerada por especialistas uma ferramenta versátil e fácil de montar, é utilizada no mundo corporativo para diagnosticar vantagens e desvantagens empresariais, além de auxiliar na articulação de ações prioritárias para seu negócio crescer saudável.
Para o coordenador do Centro de Pesquisa em Estratégia do Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa, Luiz Fernando Turatti, a SWOT é o ponto de partida para o empreendedor de qualquer ramo entender a situação atual de seu negócio e estabelecer estratégias em um plano de ação. “A ferramenta é útil para qualquer porte, seja pequena, média ou grande empresa e para qualquer natureza de negócio, como serviço, indústria ou produção. Ela concilia tanto a visão da companhia, quanto do mercado, incluindo concorrentes e outras variáveis do ambiente, como questões regulatórias, tendências, tecnologia ou legislação”, explica.
Confira na galeria como realizar uma análise SWOT ou FOFA:
Elementos internos são aqueles que podem ser controlados pela empresa, como a reforma do estabelecimento, por exemplo, distribuídos nos pontos fortes e fracos da matriz. Nestes elementos, o empreendedor consegue associar ações e interferir na realidade do negócio.
As características externas são incontroláveis pela companhia e são classificadas nas Oportunidades e Ameaças. A postura do empresário em relação a elas é de monitoramento dos dados do problema. Ele até pode tentar agir internamente, mas não tem controle sobre as situações. Por exemplo, não é possível impedir a abertura de um concorrente na região nem definir seus preços. Nesse caso, o que se pode fazer é baixar os da sua empresa, o que não quer dizer que se evitará prejuízos.
Na hora de listar as características da empresa, é vantajoso pegar opinião dos diferentes setores que a compõem. Por exemplo, em um loja de doces, o balconista tem contato direto com o público e consegue identificar oportunidades de novos produtos ou reclamações que talvez o cozinheiro, que não lida com o cliente, não consiga.
Não adianta listar 20 elementos em cada quadrante, pois o empreendedor pode perder o foco. A dica é identificar três ou quatro elementos que mais se destacam cada. Aqui se inicia a procura minuciosa das prioridades e o exercício do senso de importância, levando em consideração o impacto e a urgência.
Agora é hora de preencher a matriz, escrevendo em cada quadrante as características definidas. O cruzamento de fatores é como juntar as peças de um quebra-cabeça empresarial. Os pontos que precisam de mais atenção e ações urgentes geralmente são entre oportunidades que encaixam com forças e entre fraquezas e ameaças.
Quando um ponto forte pode ser associado a uma oportunidade, você terá uma iniciativa a tomar que será prioritária, pois terá resultados rápidos e irá acelerar seu negócio. Por exemplo, se na região da loja de doces muitos clientes estão pedindo por produtos de baixo açúcar (variável externa e oportunidade) e seu cozinheiro tem conhecimento em produtos light (variável interna e força), a ação seria produzir doces light.
Quando uma ameaça corresponde a uma fraqueza da empresa, o empreendedor deve dar mais atenção às ações que evitarão esse impacto negativo. Por exemplo, se um concorrente instala uma loja com produtos mais baratos no mesmo quarteirão que a sua (variável externa e ameaça), e você tem custos muito elevados e não consegue baixar seu preço (variável interna e fraqueza), uma ação deve ser tomada.
Após o cruzamento, ficam mais claras as ações que devem ser priorizadas, agindo nos pontos fracos internos, que podem ser controlados e que cruzam com as ameaças. Nos pontos fortes, como custos de produção baixos, a empresa provavelmente já está preparada para reagir rápido, como baixar seus preços, se necessário.
Se você já tem um negócio funcionando, provavelmente já tem os conhecimentos necessários para fazer a análise SWOT. Caso tenha dúvidas, um consultor de negócios pode ajudar. O conhecimento necessário está dentro de casa, é só ter disciplina para montar a matriz e estruturar o raciocínio.
Para verificar os resultados das ações tomadas após uma análise SWOT, principalmente se os pontos fracos foram melhorados, é essencial que o pequeno e médio empreendedor a refaça de tempos em tempos, pois o mercado muda. O ideal é revisar se algo novo apareceu a cada seis meses.
Boa Sorte!
http://dinheiro.br.msn.com/canal-do-empreendedor/aprenda-a-identificar-prioridades-em-sua-empresa-com-a-an%C3%A1lise-swot#image=11
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